Disse que o Incra está com o PP porque o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, não teve governabilidade para manter o nome de José Ubiratan Rezende Santos (Bira), “que foi o nome que indicamos. Nossa aliança sempre foi com os movimentos sociais. Portanto, fomos contrário e continuamos contra a indicação do atual gestor do Incra em Alagoas”.

O deputado também considerou levianas as informações de que estaria se aliando a Lira, após um encontro que teve com o prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves (PP). Disse ele que, bem antes das eleições, Gonçalves lhe pediu apoio para seu candidato a prefeito no município, “mas eu disse não porque o PT tinha candidato próprio em Rio Largo”.

Segundo Paulão, o fato do encontro recente com Gilberto Gonçalves se deu de forma republicana. “O prefeito me convidou e pediu apoio para construir uma escola em tempo integral no município e eu disse sim. Ele vai contar comigo para isso, como tantos outros prefeitos que me procuraram solicitando emendas parlamentares”, destacou.

A grande questão no momento, segundo Paulão, são “as diatribes” políticas de setores que passaram “a me considerar adversário político, talvez porque lancei meu nome à sociedade para ser candidato ao Senado Federal em 2026”.

“Se esta história está incomodando a uns e outros não é problema meu. Não posso fazer política sem dialogar com prefeitos, vereadores e os mais diversos segmentos da sociedade. Ora, o presidente Lula não teria sido eleito para o terceiro mandato se não tivesse conversado com todos os setores. O vice-presidente Geraldo Alckmin é uma prova emblemática de tudo isso”, afirmou.

O deputado declarou ainda que não há nenhuma crise no fato de o PT de Rio Largo se manifestar contra a gestão de Rio Largo. “É um direito e tem autonomia para isso. Só comete o erro de afirmar que me aliei a Arthur Lira, reverberando na imprensa como se o adversário fosse eu”.

Por fim, Paulão disse que vai se manter firme na luta, conversando com todos os setores que “me chamarem para o diálogo”, porque seu propósito é ampliar espaços para que no futuro o PT possa ter um resultado eleitoral ainda melhor do que teve nas eleições municipais deste ano.

“Nós queremos um futuro melhor para o partido e a população alagoana que mais precisa, mas os arautos do caos estão incomodados desde o momento que meu nome veio à tona para a disputa do Senado. Não importa. Nós estamos focados e vamos à luta”, concluiu Paulão.