“Na verdade, os funcionários públicos, pagos com dinheiro do contribuinte, serão desviados da sua função de guarda municipal para desempenhar a de segurança particular. Eles ficarão à disposição das autoridades 24 horas por dia, utilizando todos os equipamentos de segurança concedidos pela Administração Pública, receberão 100% de gratificação e não terão que utilizar fardamento que indique que são guardas municipais”, disse um crítico.
A vereadora Thais Canuto (PDT) que disputou a Prefeitura no último dia 6 e que ficou na terceira posição, votou contra o Projeto de Lei e destacou que ele é imoral, e que as pessoas da cidade devem ser prioridade. “Os agentes públicos e o dinheiro público não devem servir para benefício pessoal de ninguém; é para servir à população. A segurança do povo de Pilar deve ser prioridade. Se ex-prefeitos ou ex-presidentes da Câmara quiserem segurança particular, que contratem do próprio bolso”, atacou a parlamentar, que é prima do próprio prefeito Renato, mas adversária ferrenha.
Vale ressaltar que um dos beneficiários do projeto, o atual presidente da Câmara, Tayronne Henrique, é guarda municipal e foi eleito agora como vice-prefeito na chapa que tem Fátima Rezende (MDB) como prefeita. Outra situação a ser observada é que o Projeto de Lei foi enviado pela primeira vez para votação em 2023, mas devido às críticas populares, foi retirado de pauta. Duas semanas após as eleições municipais, o presidente da Câmara, o encaminhou novamente para votação. Imagine se essa onda pegar nos demais municípios alagoanos!