Em mais uma rodada da Câmara de Estudos políticos, a vice-governadoria do Estado de Alagoas trouxe na quarta feira (4) o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. Com um debate sobre combate à fome e segurança alimentar, o representante do Governo Federal falou em investimentos e associou a educação pública do estado, que cresceu no IDEB, a um futuro de desenvolvimento.
“Alagoas vai vivendo uma revolução muito importante que para agricultura essencial, que é uma revolução na área de educação. Em Alagoas o IDEB está crescendo e vai chegar no topo, e essa Juventude pode desenvolver o campo com novas tecnologias, com máquinas modernas que é o que vai desafiar essa Juventude. Eu acho que todas as condições estão dadas”, disse Teixeira.
Paulo Teixeira afirmou que, só com o Plano Safra, está sendo feito um investimento de quase R$ 1 bilhão. Para o Governo Federal, a principal batalha hoje é para acabar com a fome.
“O Brasil tem um desafio que é o desafio da soberania alimentar. Um país como o nosso, de dimensões continentais, com 212 milhões de habitantes, é um país que tem que se desafiar alimentar o seu povo. Hoje o Brasil tem um papel na alimentação do mundo, já que é um grande exportador de grãos e de proteínas animais, mas nós temos 33 milhões de pessoas no mapa da fome. O presidente Lula nesse ano em 8 meses já tirou 24 milhões, mas tem um desafio sair do mapa da fome, de não ter nenhum cidadão com fome”, explicou o ministro.
Uma preocupação, reforça o ministro, seria reduzir o custo dos produtos saudáveis. “Outro desafio é produzir alimentos para baratear oferta. A baixa renda, quando ela se alimenta, em função do alto preço dos alimentos acaba comendo produtos que não alimentam. Isso gera problemas graves de saúde, hipertensão obesidade diabetes. Então nós temos um desafio de produzir alimentos em uma grande quantidade, diminuindo o preço para chegar no bolso das pessoas e ao mesmo tempo fazer uma reeducação alimentar, para as pessoas voltarem a se alimentar conforme a cultura alimentar do povo, e não ultraprocessados”, complementa.
A economia solidária tem sido vista atualmente com uma das estratégias de fortalecimento dessa pauta, de acordo com o vice-governador Ronaldo Lessa (PDT).
“Que encaminhamentos a gente pode apresentar ou sugerir para a sociedade no sentido da diminuição das diferenças sociais. Então, um viés que nós encontramos forte no mundo, não só no Brasil, é a economia solidária. Economia solidária é uma nova forma que se apresenta como alternativa ao capitalismo. Não é extinção do capitalismo, mas é a participação das pessoas do processo produtivo. Então, isso aí vem a cooperativa, porque é uma das formas da solidariedade, da economia. E, principalmente, num país como o nosso, de grandes extensões continentais, o papel da terra. Então, a agricultura familiar e o cooperativismo fazem parte desse contexto”.