Um dos candidatos à Prefeitura de Maceió foi retirado da disputa. Rony Camelinho (Agir), que tem ligação com a família Caldas e atuou como assessor do prefeito JHC até abril deste ano, foi declarado inapto pela Justiça Eleitoral. Acusado pela oposição de ser um candidato “laranja” — uma acusação que ele refutou — Camelinho, que já havia concorrido a deputado federal em 2022, teve sua candidatura à prefeitura barrada.
A decisão foi proferida pela juíza Nirvana Coêlho Bernardes de Mello, da 1ª Zona Eleitoral, que indeferiu sua candidatura em sentença emitida em 30 de agosto.
Segundo a magistrada, “o requerente não cumpriu obrigação eleitoral imposta a todos os candidatos, consistente em prestar as contas relativas à sua campanha eleitoral, incorrendo, substancialmente, em ausência de quitação eleitoral. Com efeito, aquele que não cumpre suas obrigações eleitorais não está quite com a Justiça Eleitoral e não está apto à candidatura, por não reunir a plenitude dos direitos políticos”.
Além de Rony Camelinho, outros 10 dos 313 candidatos a vereador em Maceió foram declarados inaptos pela Justiça Eleitoral, incluindo dois ex-vereadores: Berg Holanda (Solidariedade) e Fábio Rogério (PSB). Esses dados foram divulgados na plataforma Divulgacand do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
As normas eleitorais estabelecem que candidatos inaptos terão seus votos anulados nas urnas, caso recebam votos. Embora existam possibilidades de recurso, é comum que a inelegibilidade seja confirmada antes do pleito eleitoral.
Entre os 10 candidatos a vereador considerados inaptos, estão representantes de diversos partidos: três do Solidariedade, um do PSB, dois do PSD, um da Federação PSDB/Cidadania, um do Podemos, um do Republicanos e um do PDT.
Os candidatos inaptos, conforme decisão da Justiça Eleitoral são: Berg Hollanda (Solidariedade), que já foi vereador por Maceió; Maria Cícera da Silva (PSD); Fábio Rogério (PSB); Jhôw Maclaren (Federação PSDB/Cidadania); Aylane Bárbara da Silva Cavalcante (Solidariedade); Leopoldo Coutinho (Solidariedade); José Erasmo do Nascimento (PDT); Manoel Roberto dos Santos Júnior (Republicanos); Rogério Dias (PSD); e Ivanildo Victor da Silva Soares (Podemos).