A posição do Partido dos Trabalhadores segue firme em relação às eleições municipais de Maceió. De acordo com o deputado federal Paulão (PT), isso é questão fechada.
“Muito difícil ter composição com o MDB. O PT está sereno, conversa, dialoga, mas tem candidatura própria”, disse o parlamentar, em contato com a Tribuna Independente, ao se referir ao nome de Ricardo Barbosa, pré-candidato a prefeito pelo partido.
Para o parlamentar, no cenário atual os candidatos estão de igual para igual. “Não pode ser uma supremacia de um partido, nas pesquisas o Ricardo [Barbosa] está empatado tecnicamente com o Rafael [Brito, pré-candidato do MDB à prefeitura de Maceió], o PT tem maior tempo de TV, os pré-candidatos a vereador estão animados com a campanha”, complementou.
Paulão admite que no passado considerou a aliança. “Há dois anos, eu procurei o senador Renan [Calheiros, presidente do MDB em Alagoas] para propor uma candidatura única, e ele definiu pulverizar. Agora, quer compor. É outro momento”. Ele relata que já fizeram a discussão interna. “Primeiro teve a candidatura do Ronaldo Medeiros [deputado estadual], que retirou e depois foi apresentado o nome do Ricardo. Ele foi unanimidade, uma coisa que é difícil dentro do PT. Nós apresentamos primeiro uma candidatura, depois foi que eles [o MDB] anunciaram o deputado federal Rafael Brito”.
Segundo o petista, o clima entre os partidos segue amigável. “Tenho conversado com o Renan, ontem [quarta, 12] conversei com Isnaldo [Bulhões, MDB] na Câmara, e não teve a conversa com o governador Paulo Dantas porque houve um desencontro. Tentamos marcar, esperei por duas horas e ele não apareceu. Mas estamos abertos ao diálogo”.
Para evitar mal-entendidos, Paulão fala sobre o bom relacionamento que mantém com Rafael Brito. “É meu amigo, colega de parlamento. Mas nesse momento, a candidatura que defendo é a do Ricardo”.
Ele reforça que o porta-voz do partido de Lula nesse assunto é Marcelo Nascimento, presidente do diretório municipal em Maceió. Em entrevista à Tribuna na última quarta (12), Nascimento disse que a possibilidade de indicar vice para o MDB não existe, e que a decisão de compor com o PSOL foi tomada pelos dirigentes nacionais dos partidos. “Comungo com o que o Marcelo está dizendo”, reforçou Paulão.
Atualmente o PT está presente na composição do Governo do Estado. Duas secretarias de Estado atualmente são encabeçadas por indicações do PT: A de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, com Gino Cesar; e Mulher e Direitos Humanos, com Maria Silva. Perguntado sobre o receio de uma possível ruptura, Paulão nega.
“Receio o PT não tem. A gente faz parte da coligação, agora quem tem a caneta é o governador. Da nossa parte, não há animosidade”, finaliza o parlamentar.