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Política

PL, de JHC, quer lançar nomes em cidades estratégicas

Publicada em 19/03/24 às 09:05h - 13 visualizações

Por Thayanne Magalhães - repórter / Tribuna Independente


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PL, de JHC, quer lançar nomes em cidades estratégicas
 (Foto: assessoria)

O Partido Liberal (PL) liderado pelo prefeito de Maceió, JHC, está tem gerado uma série de mudanças no cenário político e eleitoral de algumas cidades alagoanas consideradas estratégicas. Além de consolidar as suas chances de manter a gestão da Prefeitura em Maceió, o partido está emergindo com candidatos competitivos em outras localidades, a exemplo de Marechal Deodoro, na região metropolitana, em Arapiraca, segunda maior cidade do estado, localizada na região Agreste e União dos Palmares, na zona da mata alagoana.

Em Marechal Deodoro, o ex-prefeito Cristiano Matheus, anteriormente vinculado ao MDB, que em Alagoas é presidido pelo senador Renan Calheiros, migrou para o Partido Liberal, motivado pelo distanciamento do grupo liderado pelo prefeito Cacau Filho (MDB).

Por outro lado, em Arapiraca, a ex-prefeita Fabiana Pessoa, a convite de JHC, ingressou no PL para concorrer nas eleições contra Luciano Barbosa (MDB), ampliando a disputa eleitoral na cidade. A entrada de Fabiana tende a gerar uma disputa maior pelo comando da cidade que tem o segundo maior colégio eleitoral do estado. O atual prefeito Luciano Barbosa é cotado como favorito no páreo, e pode enfrentar, além de Fabiana, o ex-deputado estadual Tarciso Freira, do Progressistas, de Arthur Lira.

Em União dos Palmares, a aposta do PL é o ex-governador de Alagoas, Manoel Gomes de Barros, o Mano. Ele deve engrossar o caldo na disputa contra o atual prefeito Areski de Freitas, do MDB.

Essas movimentações políticas, embora tenham desagradado alguns aliados, refletem a estratégia de expansão do PL liderada por JHC. O deputado Cabo Bebeto (PL), por exemplo, que agora apoia Junior Dâmaso em Marechal Deodoro, demonstrou a aliados, nos bastidores, uma insatisfação por conta dessa reorganização política.

Em Marechal Deodoro, ter três candidaturas à prefeitura – Cristiano Matheus, Júnior Dâmaso e o vereador André Bocão – favorece ao postulante apoiado pelo prefeito Cacau, André Bocão.

À Tribuna Independente, o presidente do PL em Maceió, Ivan Carvalho, que também é secretário de Governo, disse que a estratégia da sigla não está submetida à ideia de fazer uma “oposição pela oposição”.

“O objetivo é dilatar a participação do partido na política regional, tanto buscando posicionamento junto a aliados locais como oferecendo à população uma alternativa ao modelo de gestão posto. É replicar nessas cidades, realizadas as adequações impostas pela realidade local, o modelo de gestão do prefeito JHC, que concilia aumento de oferta de serviços sociais, fomento à economia, respeito ao direito dos servidores públicos e racionalidade fiscal”, afirmou.

Nacionalmente, o Partido Liberal pretende lançar candidaturas às prefeituras em mais de três mil municípios nas eleições deste ano. O PL será uma das legendas a receber uma grande fatia do fundo eleitoral, que para este ano, terá um valor total de R$ 4,9 bilhões. Os recursos do ‘fundão’ ainda não foram divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

EMPENHO PARTIDÁRIO

Na avaliação da cientista política e professora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Luciana Santana, o Partido Liberal está empenhado em expandir sua influência por todo o país, uma iniciativa que envolve uma vigorosa mobilização liderada pelo presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, junto às lideranças estaduais. Luciana Santana observa que, apesar de o atual prefeito de Maceió, JHC, ser filiado ao PL, o cenário político no interior de Alagoas ainda é dominado pelas principais forças partidárias, como o MDB, liderado pelos Calheiros, e o PP de Arthur Lira, que também preside a Câmara dos Deputados.

“Embora o PL busque avançar em outros municípios, o impacto dessa estratégia pode ser sentido especialmente pelo PP, enquanto o MDB continua mantendo uma forte presença política, especialmente no interior do estado. A estratégia do PL para reduzir a influência do MDB pode não ser bem-sucedida e levanta dúvidas sobre sua eficácia a longo prazo”, finaliza a cientista política em contato com a Tribuna.




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