O cenário político para as eleições gerais, em 2026, sempre volta à tona com uma série de cogitações sobre as composições, sobretudo presidenciais. De acordo com reportagem publicada ontem (20), no site da revista Veja, o MDB já articula para compor chapa com o presidente Lula (PT).
Neste contexto, ressalta a reportagem, destacam-se três nomes como pré-candidatos ao posto de vice. São eles: Renan Filho, ministro dos Transportes, Simone Tebet, ministra do Planejamento e do governador do Pará, Helder Barbalho. Somente os ministérios comandados pelo MDB comandam um orçamento, para este ano, de aproximadamente R$ 80 bilhões.
A reportagem da Tribuna Independente tentou contato com o ministro Renan Filho para saber da procedência destas tratativas, mas não houve comentário sobre o assunto. Renan Filho governou Alagoas por quase oito anos e foi eleito senador na última eleição. Com articulação do senador Renan Calheiros, que preside o MDB em Alagoas, e com a viabilidade do partido, Renan Filho chegou ao posto de ministro dos Transportes no governo Lula 3.
De acordo com a reportagem no site da Veja, Renan Filho é um dos mais eloquentes defensores de que o partido indique o vice de Lula em 2026 e que, de preferência, seja ele próprio o escolhido.
“[Renan Filho] confidenciou recentemente a uma pessoa próxima que tem como projeto político disputar ele próprio à Presidência da República em 2030 — sonhar, como se sabe, nada custa — e vê na vice-presidência um trampolim para chegar lá. Meio de brincadeira, meio a sério, seu nome foi listado em um discurso público de Lula como seu virtual sucessor quando o petista ainda não havia”, diz um trecho da reportagem.
MINISTRA
Quanto a Simone Tebet, é um dos nomes mais vistosos da nova geração de um partido que tem o governismo no DNA.
“Simone Tebet, atual ministra do Planejamento, também é tratada como potencial companheira de chapa de Lula. Além de poder se apresentar como representante do eleitorado feminino, um ativo cada vez mais procurado pelos partidos, e vestir o figurino de política preparada e avessa a extremismos, uma pesquisa qualitativa em poder do MDB listou Tebet como o único nome da legenda conhecido nas cinco regiões do país”, cita a reportagem da Veja.
Pelas contas do MDB, os critérios para a escolha do futuro companheiro de chapa de Lula não são os mesmos de 2022, quando o país, rachado por uma polarização alarmante, reuniu partidos de diferentes e espectros ideológicos no segundo turno para derrotar Jair Bolsonaro.
Enquanto isso, o atual vice-presidente, Geraldo Alckmin, tem seu nome ventilado para disputar o governo de São Paulo, cargo que já ocupou por quatro mandatos. O MDB visa fortalecer-se nas eleições municipais deste ano, com a meta de eleger pelo menos 900 prefeitos em todo o país.
Considerando que Lula terá 81 anos em 2026, se ele for bem-sucedido, é provável que delegue muitas responsabilidades ao vice-presidente, o que poderá credenciá-lo como sucessor em 2030.