A Polícia Militar de Alagoas (PM/AL) registrou a redução de 6,32% dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) e de 13,56% dos Crimes Violentos Não Letais Intencionais (CVNLIs). Os dados são da Seção de Estatística e Análise Criminal (2ª Seção/EMG) e correspondem ao primeiro semestre de 2024, em comparação ao mesmo período do ano anterior. A diminuição de 19,8% nos crimes contra a vida ocorre após o reforço nas atividades de policiamento ostensivo, distribuição estratégica do efetivo e incremento na área de inteligência em Alagoas.
Os chamados CVLI compõem-se pelos crimes de homicídio doloso, latrocínio, feminicídio, lesão corporal seguida de morte e outros crimes que resultam em óbito da vítima. Já os CVNLI são caracterizados quando há emprego do uso da força ou violência intencional, no entanto, não resultando em morte, como lesão corporal dolosa, tentativa de homicídio e estupro.
O Comando de Policiamento da Região Metropolitana (CPRM) liderou a redução no estado, diminuindo em 23 o número de registros de CVLIs em Maceió e municípios circunvizinhos, com destaque para a área do 13º Batalhão, que engloba bairros como Jacintinho, Feitosa e São Jorge. Na sequência de reduções, estão os grandes comandos das regiões agreste, zona da mata e litoral norte.
De acordo com o oficial de planejamento do 13º Batalhão de Polícia Militar (13º BPM), capitão Everton Ferreti, a unidade analisa permanentemente a mancha criminal da área de atuação, para definir as estratégias de policiamento.
“Por meio dessa análise, o policiamento é distribuído estrategicamente. O patrulhamento ocorre de maneira preventiva e ostensiva, e nossas guarnições frequentemente realizam abordagens a suspeitos e pontos de bloqueios, já que a presença policial, por si só, inibe a ocorrência de crimes. Paralelo ao trabalho ostensivo, as equipes de inteligência estão monitorando e levantando informações relevantes”, pontuou o oficial.
Após o 13º BPM, registraram os melhores índices o 4º Batalhão e o 8º Batalhão, nas regiões do Farol, em Maceió, e no município de Rio Largo, respectivamente.
Em relação aos CVNLIs, a maior redução, em oito casos, foi do 1º Batalhão, responsável pelos bairros da parte baixa da capital, seguido pelo 13º e pelo 4º.
“Somos responsáveis por uma área extensa, que inclui 14 bairros, entre eles Centro, Trapiche da Barra, Vergel do Lago, Prado, Pajuçara, Ponta Verde e regiões adjacentes. Cada um desses bairros exige um planejamento específico, feito após mapeamento das áreas e análise de estatísticas”, destacou o subcomandante do 1º BPM, capitão Grayson Samuel.
De acordo com o comandante-geral da PM, coronel Paulo Amorim, as diretrizes da Segurança Pública para melhora dos índices têm sido baseadas na integração entre as forças policiais, padronização de procedimentos e na análise permanente de estatísticas.
“Os resultados positivos são reflexo de uma estreita integração com os demais órgãos de segurança, nos possibilitando unir os esforços para desempenhar o melhor trabalho possível. Importante ressaltar a dedicação dos nossos policiais militares, que diuturnamente estão nas ruas, cumprindo nosso papel constitucional de proteger o povo alagoano”, destacou Amorim.
Entre os anos de 2012 e 2022, Alagoas registrou uma redução de 46,9% na taxa de homicídios, sendo o estado do Nordeste que apresentou maior queda nos dez anos. Os dados são do Atlas da Violência, divulgado no dia 18 de junho de 2024, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A PM-AL teve importante participação nesse resultado e, através de diversas atividades de policiamento, colaborou para o alcance do índice positivo.
A redução na taxa de homicídios foi registrada paralelamente ao aumento das apreensões de armas de fogo pela Corporação. Um comparativo entre os primeiros semestres de 2023 e 2024 trouxe o aumento de 9,31% nas apreensões de armas de fogo em todo o estado, com 751 registros neste ano e 687 no ano passado. O número representa 53 armas a mais que foram retiradas de circulação em ocorrências por todo o Estado, tanto em operações policiais, abordagens de rotina, como resultado do trabalho de inteligência ou em cumprimento de mandados judiciais.