Uma equipe do Instituto de Criminalística de Arapiraca finalizou, na tarde de terça-feira (3), a reprodução simulada da morte da menina Maria Katharina Simões da Costa, de 10 anos. O procedimento teve como objetivo esclarecer as circunstâncias da morte da criança, encontrada enforcada no estábulo da propriedade da família, no Povoado Moreira, zona rural de Palmeira dos Índios, no dia 8 de julho.
Os peritos criminais, liderados pela chefe de Perícias Externas, Rafaela Jansons, avaliaram as versões fornecidas pelos pais e uma tia. A equipe também contou com a presença do chefe do Instituto de Criminalística de Arapiraca, Marcos Aurélio, e dos peritos Adailton Junior, José Edson e Letícia Albuquerque.
Durante quase cinco horas de exame pericial, os cinco peritos criminais analisaram uma série de fatores, incluindo altura, distância, espaço, peso, tempo e percurso. A reprodução simulada utilizou uma pessoa com características físicas semelhantes às da vítima para recriar os últimos momentos de vida da menina.
"A equipe técnica realizou uma reprodução simulada baseada nas informações fornecidas pelos pais, refazendo o percurso relatado por eles. Durante o exame, foram realizadas medições detalhadas no local, visto que, na época do incidente, não houve perícia oficial. Além disso, utilizamos materiais apreendidos pela Polícia Civil em uma diligência posterior para medir e simular a posição da vítima. Com os dados coletados, estamos conduzindo uma análise minuciosa para esclarecer os fatos, preservando a integridade das partes envolvidas", afirmou a perita criminal Rafaela Jansons.
A reprodução simulada dos fatos é um exame pericial que tem como objetivo esclarecer a dinâmica de uma morte suspeita ou crime. Ela é realizada quando há divergências entre as versões de testemunhas, vítima ou acusado, e pode acontecer tanto na fase da investigação policial ou já na esfera judicial.
O procedimento foi acompanhado pelo promotor Luiz Alberto de Holanda, da 1ª Promotoria de Justiça de Palmeira dos Índios, pelo delegado Rosivaldo Vilar, policiais civis do 64º DP e pelos advogados das partes envolvidas. O laudo detalhado da reprodução simulada está previsto para ser enviado até o final de setembro.
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Regional de Palmeira dos Índios, coordenada pelo delegado Rosivaldo Vilar, participou, nesta terça-feira (3), da reprodução simulada do caso de Maria Katharina Simões da Costa, ocorrido em Palmeira dos Índios/AL.
A simulação foi realizada em conjunto com peritos da Polícia Científica e contou com a presença de membros do Ministério Público e os advogados das partes envolvidas.
O objetivo foi testar as versões apresentadas pelos pais da menina sobre como a menina teria morrido.
Durante a simulação, um manequim com as mesmas características físicas de Katharina foi utilizado para realizar a reprodução.
Segundo o chefe de operações da Delegacia Regional de Palmeira dos Índios, Diogo Martins, foi possível confirmar que a menina poderia ter amarrado a corda e se enforcado nas condições relatadas.
Sobre o caso:
Katharina, de apenas 10 anos, foi encontrada morta em 8 de julho, enforcada no estábulo da fazenda onde morava com a família em Palmeira dos Índios.
O laudo do exame cadavérico já havia apontado a causa da morte como asfixia por enforcamento, e a hipótese inicial da investigação é de suicídio. Entretanto, as autoridades buscaram entender como a criança conseguiu amarrar a corda no teto do estábulo, o que motivou a reprodução simulada.
O resultado final do laudo pericial deve ser emitido em breve pela Polícia Científica. Conforme o andamento das investigações, de acordo com o chefe de operações, a hipótese de homicídio está praticamente descartada, e os indícios até o momento apontam para o suicídio como a causa da morte.
A Polícia Civil segue acompanhando o caso de perto para garantir que todas as dúvidas sejam esclarecidas.