A primeira informação sobre o homicídio foi dada ao delegado Robervaldo Davino, do 6º Distrito Policia (6º DP), por um fretista que levou pai e filho até a área de mata em Guaxuma, onde a geladeira foi jogada em uma ribanceira com a mulher dentro.
Ainda conforme a autoridade policial, o namorado da menor, um jovem de 22 anos (completa 23 em maio), suspeito do crime, segue foragido. Já o pai dele foi preso como cúmplice na ocultação do cadáver. Ele é cúmplice, não participou da morte, mas tinha conhecimento do corpo, inclusive os envolvidos chegaram a discutir.
A investigação da PC/AL aponta que a mulher foi morta na última sexta-feira (1), no bairro do Jacintinho, após uma discussão entre a filha e o namorado dela. E que a morte aconteceu por ela não aceitar o relacionamento da filha, que informou que iria morar com o namorado.
O casal estaria montando uma casa no Benedito Bentes, parte alta de Maceió, para morarem juntos.
Apesar da morte ter ocorrido na sexta, o corpo da mulher que foi colocado dentro de uma geladeira só foi encontrado hoje, depois que o fretista foi contratado para levar o eletrodoméstico lacrado com fita adesiva. O trabalhador já havia sido chamado pelo casal antes para levar alguns móveis para a casa que eles estavam montando e hoje voltou para pegar a geladeira.
No entanto, nesse frete o pai do rapaz foi quem deu as coordenadas para o homem. Ele teria pedido para jogar o eletrodoméstico fora. O que teria gerado uma desconfiança, pois estava seminova. Por isso e pela lacração com as fitas o trabalhador acionou a polícia.
Depois de deixar pai e filho no Jacintinho, o fretista foi até a delegacia, sendo acompanhado pela policial Daysirê Batista até o local onde a geladeira foi abandonada. Foi quando o corpo foi encontrado com as mãos amarradas de fitas e enrolado em vários tecidos dentro de sacos de lixo.
A adolescente contou em depoimento que, na hora da discussão, os dois acabaram dando uma pancada na cabeça da mãe dela, que caiu, mas não teria morrido, e foi nessa hora que o namorado esfaqueou a mulher cerca de 20 vezes e em seguida colocou o corpo na geladeira.
A menor disse ainda que após o assassinato da mãe, eles limparam a casa de sangue e foram dormir na casa do casal na parte alta da capital. E o corpo ficou no eletrodoméstico por três dias na casa em que a mãe morava.
O delegado Thiago Prado, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), dará prosseguimento às investigações e instauração do inquérito policial.