A ação pretende chamar a atenção das autoridades para a importância da vegetação, evitar a destruição do ecossistema e impedir construção de empreendimentos imobiliários na região que compreende da Praia do Frances a praia da Barra de São Miguel.

Segundo a bióloga e moradora da praia do Frances há 30 anos, Maria Aliete Bezerra Lima Machado, a área da restinga é uma área de desova de tartarugas marinhas, ameaçadas de extinção, e abriga diversas espécies da flora e da fauna, entre estas, duas espécies de aves na lista oficial das espécies ameaçadas de extinção, como o chupa-dente Conopophaga lineata cearae endêmico e o sabiá-da-praia Mimus gilvus.

“Nossa ação tem como objetivo chamar a atenção das autoridades sobre os riscos da degradação e para garantir proteção desse importante ecossistema que protege a nossa costa. Também solicitamos a criação de uma Unidade de Conservação da Natureza, área protegida criada pelo poder público para conservar a biodiversidade, os recursos naturais e os serviços ecossistêmicos de uma região”, explicou Aliete.

Ainda de acordo com a bióloga, a restinga é um dos ambientes mais ameaçados do Brasil devido à pressão imobiliária e, somente com a regulamentação das atividades econômicas na região e com a criação de uma Unidade de Conservação poderão garantir a proteção ambiental, a conservação da biodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais da região.

Durante a ação, participantes farão um abraço coletivo simbólico ao longo da área da restinga, formando um cordão humano em sinal de união e defesa do ecossistema.