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Maceió

Moradores do Canaã cobram retorno de passarela

Publicada em 06/02/25 às 09:48h - 8 visualizações

Por Valdete Calheiros - colaboradora / Tribuna Independente


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Moradores do Canaã cobram retorno de passarela
 (Foto: divulgação)
Os moradores do bairro do Canaã, em especial, os pedestres aguardam, com grande expectativa, a construção da nova passarela prometida pela prefeitura de Maceió para garantir mais conforto e segurança na hora da travessia. A passarela liga Canaã ao bairro de Santo Amaro.

A antiga passarela foi removida para garantir as obras de ampliação da Avenida Durval de Góes Monteiro, uma das principais vias de Maceió. No lugar da passarela, foram colocadas faixas de pedestres e sinalização, itens que, de acordo com os pedestres, não garantem segurança devido ao grande fluxo de veículos e velocidade desenvolvidas pelos mesmos.

Morador do Canaã há pelo menos 11 anos, Luiz André da Silva contou que evita até resolver alguma coisa se precisar, por acaso, atravessar a via. “É risco de vida. É muito inseguro atravessar. As pernas ficam bambas. Aqui, se brincar, todo dia tem uma freada brusca, com risco grande de atropelamento ou batida de carros”, afirmou.

Segundo ele, o horário mais crítico e propenso a ter acidentes é das 16h às 19 horas. “Os veículos passam aqui chutados, com uma velocidade absurda”, considerou.

Os amigos Mateus Vasconcelos da Silva, Carlos Henrique Santos e Davi Alves Bibiano estudam e moram nas proximidades da antiga passarela. Os três, sempre que possível, andam juntos já em uma tentativa de garantir mais segurança na travessia. Em especial, quando usam a bicicleta. Os estudantes também torcem pela volta da passarela.

Outro aspecto bastante criticado pelos pedestres é que os pontos de ônibus dos dois lados da via não ficam em frente um do outro. Desta forma, o passageiro ao descer do ônibus para pegar outro ônibus, além de precisar atravessar se arriscando ainda precisa andar alguns bons quilômetros até chegar ao outro ponto de ónibus.

É o caso da dona de casa Marineide Farias Gomes dos Santos. Ela disse que prefere juntar vários afazeres para fazer na rua, do que sair todo dia e ter que encarar os veículos sem segurança.

A antiga passarela tinha 17 toneladas e 43 metros de comprimento. De acordo com a prefeitura de Maceió, a nova passarela do Canaã terá 301,62 metros de estrutura totalmente metálica, com extensão de rampas de 242,62 metros e travessia de 59,00 metros.

O poder público municipal prometeu um equipamento com elevadores, com capacidade para transportar até 18 pessoas por vez, além de escadas alternativas nas laterais, garantindo acessibilidade a todos os usuários e estrutura coberta. A obra foi anunciada como algo a melhorar a mobilidade urbana da capital.

Conforme a prefeitura, a estrutura possui 61 metros de extensão. A estrutura moderna e funcional vai melhorar a experiência de travessia da avenida, oferecendo maior segurança e comodidade aos pedestres. No entanto, a obra ainda não saiu do papel.

Na avaliação do engenheiro Fábio Barbosa, especialista em trânsito, o uso de passarelas aéreas (passando sobre a via) é extremamente restrito em sistemas de transporte urbano conhecidos por sua segurança e altos índices de mobilidade.

Infelizmente, disse ele, este recurso aqui no Brasil é usado como uma solução para melhorar o conforto do motorista e não priorizar o deslocamento de meios não motorizados.

“Geralmente as passarelas só são indicadas para locais em que o desnível já existente não exija grande esforço físico do usuário. A implantação de passarelas em trechos com topografia plana, onde é preciso subir e descer rampas ou lances de escadas, é uma solução que penaliza severamente o pedestre, notadamente aqueles que tem a mobilidade restrita”, discorreu.

Fábio Barbosa afirmou ainda que até quem tem medo de altura (2% a 5% da população mundial) tem sua mobilidade restrita se a passarela for aérea.
“Nestes locais é melhor que a travessia seja mesmo feita no mesmo nível da pista de rolagem, em faixas de pedestre devidamente sinalizadas e com tempo suficiente para conclusão total ou em etapas, sem que haja correria. Para julgar se passarela prejudicaria ou não a locomoção de meios não motorizados, seria preciso ver o projeto dos seus acessos e tamanho da travessia”, salientou.

Ainda segundo o engenheiro especialista em trânsito, alegar que vai reduzir índices de congestionamento em um determinado trecho é um resultado muito pontual para o montante de investimento necessário.

“Em horários de pico, o congestionamento que é reduzido, com alto custo, neste trecho tende a se formar mais à frente. Seria preciso estudar e implantar soluções globais que pensem os outros trechos e os outros atores com necessidade de acesso e mobilidade”, finalizou.




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