Oito apartamentos continuam interditados até que reparos estruturais sejam efetivados. O local permanece isolado para garantir a segurança dos moradores.
O órgão solicitou o religamento da energia elétrica dos apartamentos que podem ser reocupados e ofereceu caminhões para realizar a mudança dos moradores que desejam deixar o local.
A movimentação de peritos do Instituto de Criminalística foi intensa, ontem, no Residencial Maceió I, no bairro Cidade Universitária, em Maceió, onde especialistas colheram provas para tentar entender a dinâmica da explosão que vitimou fatalmente três pessoas.
O exame pericial buscar achar, com precisão, o epicentro da explosão. No local, foram recolhidos cinco botijões grandes, seis pequenos, seis mangueiras e uma válvula. Todo esse material foi coletado e serão feitos exames complementares.
Os botijões são de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), gás utilizado nos botijões comerciais, também conhecido como gás de cozinha. Conforme o Instituto de Criminalística, os botijões estavam espalhados dentro do raio de onde foram feitas as buscas, embaixo dos escombros. A disposição dos botijões levantou a hipótese, a ser ainda confirmada ou descartada, de que eram do mesmo imóvel.
O perito criminal Gerard Deokaran, especialista em explosivos, contou que durante a primeira parte da perícia foram encontrados vários vestígios.
“A equipe conseguiu coletar na região do epicentro da explosão e acondicionar duas amostras de gás que serão encaminhadas para o Laboratório de Química Forense, como também conseguiu coletar mais quatro amostras de gás dos botijões encontrados na cena”.
Gerard Deokaran confirmou que foram coletados vestígios biológicos para que a perícia possa traçar a dinâmica do posicionamento das vítimas. Em relação às vítimas, o perito criminal destacou que todas elas estavam dentro do raio de sobrepressão da onda de choque gerada pela explosão.
O chefe do Instituto de Criminalística de Maceió, perito criminal Charles Mariano, explicou que as equipes utilizaram uma série de recursos tecnológicos para determinar a dinâmica e as causas da explosão.
Enquanto a perícia busca entender o que provocou a explosão, os corpos de Gilvan da Silva, 57 anos, e de Tharlysson Felipe da Silva Ferreira, 10 anos, seu neto, estavam sendo sepultados, no Cemitério São Luiz, na parte alta de Maceió.
O sepultamento contou com a presença de familiares e amigos das vítimas. Parentes preferiram realizar a cerimônia sem a presença da imprensa.
Torcedor do CSA, o menino sonhava em ser jogador de futebol.
A Defesa Civil Municipal informou na sexta-feira (8) que todas as famílias atingidas pela explosão ocorrida no Residencial Maceió 1, no bairro Cidade Universitária, foram atendidas por sua Diretoria Social e receberam os devidos encaminhamentos para os benefícios socioassistenciais do município de Maceió.