O Mundial de Clubes da FIFA de 2025, que será realizado nos Estados Unidos entre 14 de junho e 13 de julho, marca uma virada histórica. Com 32 equipes dos cinco continentes e um formato inspirado na Copa do Mundo, o torneio já movimenta cifras bilionárias, atrai os maiores patrocinadores do planeta e concentra a atenção da mídia global. Entre os representantes brasileiros estão Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo. Mas o verdadeiro sinal dos tempos está fora das quatro linhas: é a ascensão das mulheres à liderança de uma das indústrias mais influentes do mundo.
Menos de 5% dos cargos executivos em clubes de futebol profissional são ocupados por mulheres. No Brasil, a presença feminina em presidências de grandes clubes ainda é rara. Leila Pereira, presidente do Palmeiras, é uma dessas figuras que rompem estruturas. Para a produtora executiva e estrategista de eventos Vanessa Abreu, Leila representa uma virada de chave. “Ela não ocupa um lugar simbólico. Ela comanda com autoridade, negocia com visão e reposiciona o clube globalmente. Isso é liderança. Isso é história sendo reescrita.”
Com mais de uma década de atuação em grandes produções internacionais, Vanessa já liderou projetos na NASCAR México, na Fórmula 1 e na Copa América, além de atuar em campanhas com Nike, PepsiCo e Unilever, e produzir eventos com ídolos como Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho e Emerson Sheik. Sua experiência vai além do esporte — ela também se destacou na produção de ações voltadas ao turismo esportivo. “Eu venho dos bastidores, de onde o jogo realmente é decidido. A mulher foi excluída durante séculos das arenas do poder. Hoje, ela comanda, entrega e transforma. Leaders também usam batom e salto alto.”
Segundo ela, o Mundial é mais do que um torneio — é parte de um projeto estratégico global. “Os Estados Unidos estão se consolidando como o centro do futebol mundial. Primeiro o Mundial de Clubes, depois a Copa do Mundo. É aqui que os olhares do planeta se voltam. Os EUA se tornaram a base dessa convergência — e também o território onde a liderança feminina encontra espaço para florescer.”
E há ainda a ironia histórica. “Por anos, o bordão foi: ‘o Palmeiras não tem Mundial’. Agora, com uma mulher à frente, talvez essa história mude. E não será só uma conquista esportiva — será simbólica. Será revolucionária.”
Com autoridade, fluência internacional e visão estratégica, Vanessa encerra:
“Não estamos apenas mudando o jogo — estamos mudando as regras. Esse futuro também tem nome — e cheiro de mulher.”