Ela é um dos 12 candidatos em todo o Brasil que obtiveram a pontuação perfeita, conforme divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Ministério da Educação (MEC).
Além de Alagoas, os estados do Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo também tiveram um aluno nota mil cada. Minas Gerais e Rio de Janeiro se destacaram com dois estudantes cada, sendo que um dos mineiros é aluno da rede pública de ensino — o único entre os 12 destaques a representar a educação pública.
Um cenário desafiador para a rede pública
Embora a conquista seja motivo de orgulho, os números mostram o desafio enfrentado pelos alunos da rede pública em Alagoas. Segundo o levantamento, 40 candidatos do estado alcançaram notas entre 980 e 1.000 na redação, mas apenas quatro deles são de escolas públicas. Na faixa de pontuação entre 950 e 980, foram 640 estudantes, sendo 93 da rede pública.
O desempenho ressalta a necessidade de investimentos para garantir maior equidade no acesso à educação de qualidade, especialmente para estudantes da rede pública.
Uma conquista inspiradora
O estudante alagoano que tirou nota mil se junta a um seleto grupo que simboliza a excelência acadêmica. No evento de apresentação dos dados do Enem, realizado em Brasília, o ministro da Educação, Camilo Santana, destacou a importância do exame como porta de entrada para o ensino superior e o impacto transformador que ele pode ter na vida dos jovens.
A conquista do estudante alagoano não é apenas motivo de celebração, mas também um lembrete do potencial existente em cada canto do Brasil. Que seu exemplo inspire outros estudantes a sonhar alto e a superar os desafios no caminho da educação.
A redação teve como tema “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil“. Na coletânea de apoio, encontraram seis textos – mais do que o habitual. Um deles era a definição da palavra “herança” do dicionário Houaiss.
Também havia um trecho de um samba-enredo da Mangueira, um provérbio africano sobre a origem das pessoas e a imagem de crianças admirando um grafite de Zumbi dos Palmares.
Globalmente, no entanto, o desempenho médio dos candidatos na redação melhorou. Segundo o MEC, a proficiência média em redação deste ano foi 660, maior que a do ano anterior (645).
O desempenho geral no Enem, considerando as outras áreas, também melhorou: foi de 543 para 546.