Para muitos agricultores, é no Dia de São José, 19 de março, que é preciso “botar a semente na terra” e para se ter uma colheita garantida. Em São Sebastião, os Karapotó Plaki-ó são uma das comunidades de povos originários que estão sendo beneficiadas com as sementes do Planta Alagoas.
“A comunidade vive à base da agricultura e quando a semente chega no tempo hábil para ser plantada, beneficia todo mundo. Essa entrega veio em boa hora porque vamos plantar no tempo certo”, acredita Josernisse Fernando. Ele acrescenta que todos os parentes convivem na aldeia, colhendo os alimentos da própria terra.
O programa é desenvolvido pela Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagri) e tem objetivo de fortalecer, principalmente, agricultores familiares de subsistência, incentivando a produção.
“Estamos num processo com o programa Alagoas Sem Fome para combater a insegurança alimentar. Por isso, o incentivo à produção de alimentos com o Planta Alagoas, que é um programa de base, é importante. Ele se torna uma estratégia para o início do ciclo virtuoso da agricultura familiar, além do trabalho com assistência técnica desempenhado com a Emater. E, claro, sem esquecer a comercialização das feiras, que também ajudam os agricultores a terem acesso aos mercados”, esclarece a secretária executiva de Agricultura Familiar, Renata Andrade.
O secretário interino da Seagri, David Nunes, explica que, em 2024, o Planta Alagoas está inovando. Após dialogar com as organizações e os agricultores que estão inseridos no programa, a Seagri evoluiu nas estratégias de logística, criando um sistema digital para ter um perfil completo dos beneficiários, aplicando rastreabilidade nos lotes das sementes. A secretaria realizou ainda experimentos para entender qual melhor manejo das cultivares selecionadas nas diferentes regiões do estado, além de fazer amostragem das sementes nos Centros de Distribuição.
“Vamos inovar ainda mais no segundo semestre deste ano, com a execução do projeto-piloto de distribuição de mudas frutíferas, atendendo a cadeia da fruticultura. Temos um produto melhorado que vai chegar da melhor forma ao produtor alagoano. Isso impacta diretamente numa melhor produtividade do campo e na na segurança alimentar das famílias”, finalizou o secretário.