No domingo (27), Alagoas comemorou o aniversário de Graciliano Ramos, um dos maiores nomes da literatura brasileira. O Velho Graça, como é carinhosamente chamado, marcou gerações com seu olhar aguçado e humano sobre as dificuldades e injustiças do sertão nordestino, tornando-se um símbolo de cultura.
Fundada em 15 de janeiro de 1912, pelo então governador Euclides Vieira Malta, a Companhia de Edição, Publicação e Impressão de Alagoas (Cepal) nasceu com a missão de editar e publicar o Diário Oficial do Estado (Doeal). Décadas depois, em 2000, a instituição ganhou o nome de Imprensa Oficial Graciliano Ramos, homenageando o escritor que, entre 1930 e 1931, ocupou a posição de diretor-presidente.
Atualmente com 112 anos, a Imprensa Oficial segue cumprindo seu papel, tanto para o governo quanto para a sociedade. De acordo com o atual diretor-presidente, Mauricio Bugarim, carregar o nome de Graciliano é um compromisso com a cultura e história do estado. “Ter em nosso acervo a máquina de escrever que Graciliano usava é uma inspiração diária para todos nós”, ressalta.
“Nossa missão é manter viva a literatura alagoana e fazer jus ao trabalho de um homem que dedicou sua vida a dar voz ao povo brasileiro”, reforça Bugarim.
Graciliano, que também atuou na política, enfrentou períodos de censura e repressão, construiu obras que marcam a realidade nordestina e retratam o Brasil. Neste dia de comemoração, a Imprensa Oficial Graciliano Ramos homenageia o autor, reafirmando seu compromisso em preservar a memória cultural de Alagoas e garantir que o legado de Graciliano continue a inspirar novas gerações.