Mais cedo nesta quinta, o ministro Alexandre de Moraes negou o pedido de Bolsonaro para ir na posse de Donald Trump, nos Estados Unidos. O evento está marcado para a próxima segunda-feira (20/1). Na entrevista, Bolsonaro deu a entender que ainda vai recorrer da decisão monocrática de Moraes, mas não entrou em detalhes.
“Ele [Trump] tem um carinho para comigo. Ele gostaria de apertar a minha mão também, senão não teria me convidado. Parece que foram cinco chefes de Estados convidados, e eu não sou chefe de Estado. Não estou indo para festa de batizado da filha ou da neta de ninguém, é um evento de posse da maior democracia do mundo”, afirmou durante a entrevista.
Bolsonaro ainda afirmou que os advogados irão recorrer da negativa de Moraes. “O que nós queremos é que o Supremo… se porventura esse recurso for julgado, que seria por uma Turma, que seja julgado com a devida isenção”, destacou.
Na decisão, Moraes negou o pedido da defesa do ex-presidente pela devolução, mesmo que temporária, do passaporte. O documento foi apreendido em março do ano passado pela Polícia Federal (PF), após determinação de Alexandre de Moraes.
A apreensão do passaporte se deu no âmbito das apurações de uma trama golpista que teria ocorrido nos bastidores do governo Bolsonaro. O ex-presidente, assim como outras 39 pessoas, foram inciciados pela PF por uma suposta participação no plano para decretar um golpe de Estado no Brasil.
O relatório elaborado pela autoridade policial foi remetido ao STF, que encaminhou as conclusões da PF à Procuradoria-Geral da República (PGR). Com isso, é esperado que o órgão se manifeste nas próximas semanas